na natureza acede-se à alma, abre-se o intelecto
na natureza acede-se à alma, abre-se o intelecto
segunda-feira, 19 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Pisco de peito ruivo
Tu, pequeno pisco de doce chilrear que presenteias por vezes o meu caminho, renovaste em mim a vontade de pintar a vida de leves traços de aguarela. Que as cores da natureza possam inundar o quadro que a cada dia se nos afigura e que negligentemente ousamos ignorar. Que as cores e as melodias dos pássaros que esvoaçam entre nós possam nos despertar para um olhar mais atento e para uma vida mais repleta de sentido e atenção para com os outros seres.
domingo, 11 de julho de 2010
Em memória de meu avô Neves, pela sua paixão pelas festas populares e seu empenho sempre dedicado à concepção de cascastas joaninas coloridas e alegres! Faltou-me o repuxo e o musgo mas não deixei de ter o bailarico e os vendedores, a capela e os três santos, as pontes, lavadeiras e pescadores e a banda a tocar! Viva o São João e viva a tradição!
damascos da terra
No humilde mas resistente pomar de Candemil, clamavam de tons alegres os damascos nos seus galhos tenros. Trago da terra a satisfação plena da simplicidade da vida no campo. Os raios de sol de mel amaciam o fim de tarde na casa de granito bordejada pelo hipericão-do-gerês que nos saúda com os seus salpicos amarelos de flor. Lá ao fundo avista-se a copa acolhedora dos castanheiros e o ar perfurma-se de cozinhados a lenha. Na floresta circundante embrenha-se a sombra húmida das bétulas, carvalhos, azevinhos e pereiras bravas e os pinhais rangem ecoando como portas entreabertas.
sábado, 22 de maio de 2010
ainda há estrelas no Céu
No céu abobadado que nos cobre os corpos, estão suspensos milhões e milhões de outros corpos em número grandemente superior ao número de Homens e organismos vivos no Planeta Terra. E há um momento em que (alguns) se deixam avistar sob a forma de estrelas brilhantes salpicando de luz a penúmbria do firmamento. E nós, citadinos de palas e olhos vendados pelo clarão artificial das ruas, negligenciamos o baile dos astros de cada dia e as metamorfoses que nele se dão. OLHEM PARA O CÉU!
Do calor de Florianópolis para o frio e dias pequenos de inverno de Portugal, aprendi a amar o aconchego de casa na chuva e a secura fria da pele que jamais sentia na humidade constante de terras tropicais. Voltei com muitas ideias e novos saberes, com um repleto leque de memórias de momentos e aventuras para contar. Soltei o desdém e medo apreensivo do retorno e retomei orgulhosamente o meu lugar neste Portugal.
por terras portuguesas
Aqui estou, após alguns meses de vagarosa adaptação a terras lusitanas depois de meio ano pelo Brasil adorado. Portugal encanta-me por muitas e muitas razões e as saudades que desta pátria senti foram mil.
Agora, de volta à cidade Invicta - Porto - e às passeatas de fim de semana volto a redescobrir os encantos que este país alberga, de uma tão singela e espantosa formosura que às vezes até me emociono. A magnificente e poderosa beleza e grandeza do Brasil exalta-nos os sentidos mas posso dizer que a multiplicidade de paisagens do território tão pequeno quanto Portugal, me fascina e me encanta igualmente. E dou por mim agora a valorizar ainda mais os nossos horizontes tão finamente pintados ora pela natureza, ora pela mão do Homem. Portugal possuí uma imponente paisagem histórica que urge preservar e manter para as gerações vindouras, para que também elas sintam o que nós pudemos um dia contar.
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