na natureza acede-se à alma, abre-se o intelecto

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domingo, 11 de julho de 2010

damascos da terra


         No humilde mas resistente pomar de Candemil, clamavam de tons alegres os damascos nos seus galhos tenros. Trago da terra a satisfação plena da simplicidade da vida no campo. Os raios de sol de mel amaciam o fim de tarde na casa de granito bordejada pelo hipericão-do-gerês que nos saúda com os seus salpicos amarelos de flor. Lá ao fundo avista-se a copa acolhedora dos castanheiros e o ar perfurma-se de cozinhados a lenha. Na floresta circundante embrenha-se a sombra húmida das bétulas, carvalhos, azevinhos e pereiras bravas e os pinhais rangem ecoando como portas entreabertas. 

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