na natureza acede-se à alma, abre-se o intelecto

na natureza acede-se à alma, abre-se o intelecto
na natureza acede-se à alma, abre-se o intelecto

segunda-feira, 19 de julho de 2010





as emoções esvaem-se na seiva da alma e percorrem o âmago profundo do ser..

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pisco de peito ruivo



Tu, pequeno pisco de doce chilrear que presenteias por vezes o meu caminho, renovaste em mim a vontade de pintar a vida de leves traços de aguarela. Que as cores da natureza possam inundar o quadro que a cada dia se nos afigura e que negligentemente ousamos ignorar. Que as cores e as melodias dos pássaros que esvoaçam entre nós possam nos despertar para um olhar mais atento e para uma vida mais repleta de sentido e atenção para com os outros seres. 

domingo, 11 de julho de 2010

Em memória de meu avô Neves, pela sua paixão pelas festas populares e seu empenho sempre dedicado à concepção de cascastas joaninas coloridas e alegres! Faltou-me o repuxo e o musgo mas não deixei de ter o bailarico e os vendedores, a capela e os três santos, as pontes, lavadeiras e pescadores e a banda a tocar! Viva o São João e viva a tradição!

damascos da terra


         No humilde mas resistente pomar de Candemil, clamavam de tons alegres os damascos nos seus galhos tenros. Trago da terra a satisfação plena da simplicidade da vida no campo. Os raios de sol de mel amaciam o fim de tarde na casa de granito bordejada pelo hipericão-do-gerês que nos saúda com os seus salpicos amarelos de flor. Lá ao fundo avista-se a copa acolhedora dos castanheiros e o ar perfurma-se de cozinhados a lenha. Na floresta circundante embrenha-se a sombra húmida das bétulas, carvalhos, azevinhos e pereiras bravas e os pinhais rangem ecoando como portas entreabertas.